quarta-feira, 11 de junho de 2008

O início...


Através de um click podemos eternizar uma imagem. Uma paisagem que permanecerá para sempre na nossa memória, tal como a vimos e sentimos. Nesse instante, tentamos transmitir o que os nossos olhos viram. Fotografamos tudo e mais alguma coisa. Fotografamos desde o mais esquisito e mais louco, ao mais banal.
Mas a fotografia pode também representar um desejo, uma fantasia, uma utopia. Casas e lugares com aura de magia e misticismo despertam-nos a atenção. Estimulam a nossa imaginação e faz-nos viajar no tempo.
A fotografia permite atingir um infra-saber, pois o que representa diz-nos muito mais. É através dela que tentamos revelar fielmente certos aspectos de persistência da nossa história e da nossa espécie: “A fotografia é como a velhice: mesmo resplandecente, ela descarna o rosto, manifesta a sua essência genética” (Roland Barthes, Câmara Clara, 1979,p. 146). E foi assim que encarei este projecto. Mostrar a essência do Porto Romântico. Descobrir, reviver e sentir, em cada click, o Romantismo que cada lugar transmitia.
Orgulho-me em ser portuense e conhecer a “minha” Invicta, que conheci através dos olhos da minha mãe. Conheci a cidade e o Porto Romântico através dos seus olhos e agora mostro-o através dos meus. Arrisco em dizer que consigo mostrar a essência do “meu” Porto Romântico.

1 comentário:

Fátima disse...

a câmara clara é um dos meus livros preferidos. recordo uma parte sobre uma fotografia da mãe dele, já muito antiga, que ele dizia que tinha capturado mais a sua verdadeira essência que os seus próprios olhos ao longo do tempo que a conheceu. é muito interessante isso, o que somos realmente não se revela facilmente, e um click de um segundo pode captar aquela expressão que diz tudo de nós